Cidades

Volta às aulas com risco de greve por tempo indeterminado

Ônibus vai sair do Liceu em direção à assembleia geral. Foto: Divulgação

O início do ano letivo na Rede Estadual de Ensino está previsto para começar no próximo dia 10 de fevereiro, mas um dia após o início das aulas, os professores já vão fazer uma paralisação de 24 horas, com assembleia geral que pode resultar em greve por tempo indeterminado.

Na pauta da manifestação está a falta de reajuste salarial, com remunerações abaixo do Piso Nacional. Um ônibus vai sair da Escola Liceu Nilo Peçanha, no Centro de Niterói, às 9h, em direção à assembleia geral que será realizada no Rio, no dia 11, seguida de um protesto.

"Faremos a abertura da campanha salarial desse ano. Nós, da Rede Estadual de Educação, estamos indo para seis anos sem reajuste salarial, entre outros problemas, contabilizando 50% de perdas salariais em relação ao Piso Nacional do magistério", informou o membro do Conselho de Representantes do Sindicato, Diogo de Oliveira.

Além do reajuste salarial, o sindicato também se soma à luta pelo cumprimento de 1/3 de planejamento, por concursos públicos, à luta contra a política gerencialista da escola pública, contra o fechamento de turmas e contra a militarização das escolas.

No dia 10, também haverá uma assembleia local da Rede Estadual de Niterói na sede do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), que fica na Rua Marquês de Caxias, 49. A reunião acontecerá às 18h.

De acordo com o Sepe, professores recebem abaixo do Piso Nacional e funcionários abaixo do salário mínimo regional. Segundo o sindicato, os profissionais da educação sofrem assédios diversos, assumindo uma carga horária considerada por eles, como 'desumana' e, em muitos casos, adoecendo em função da sobrecarga.

'Enquanto isso, a Secretaria de Educação gasta uma exorbitância em projeto de escolas militares, em contratação de empresas de ônibus, em feira de livros sem qualquer transparência no processo e envia verbas surpresa para escolas, colocando nossa valorização profissional sempre em último plano', informa o Sepe, em publicação pelas redes sociais.

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